Paraíso do Bito

 

Área de escalada em costão com boulders e vias com corda de cima, em móvel ou em solo bastante exigentes tecnicamente. Foi cenário da formação de vários escaladores da região.


Histórico

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Uma das áreas de escalada mais antigas de Florianópolis. Possui uma formação rochosa bastante peculiar que difere de outras áreas de escalada da região. Foi muito frequentada pelo escalador Bito Meyer e a geração de escaladores que formou em Florianópolis.


Visão geral

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Esta área de escalada é um costão rochoso na área do Parque Municipal da Lagoinha do Leste no sul da ilha. Fica entre a praia do Matadeiro e a praia da Lagoinha do Leste, mais próxima à primeira, logo após a ponta do Quebra-Remo. As vias têm de 15 a 30 metros de extensão. Há três pontos de ancoragem principais. Todos os três pontos são duplos com grampos de titânio instalados em 2022. Há alguns outros grampos de aço que podem servir de apoio. Os três pontos principais estão alinhados com três vias que podem ser escaladas tanto em móvel como com corda de cima. As colocações em móvel não são adequadas para iniciantes nessa técnica. A partir desses três pontos é possível escalar praticamente toda a parede. A rocha é de boa qualidade e muda de textura à medida que se vai para a esquerda da parede. O local é muito bonito e tem uma formação bem incomum que faz valer a visita mesmo para quem não escala.

Visão geral da área de escalada do Paraíso do Bito. (Imagem de Satélite: Google – Airbus Data SIO, NOAA, U.S. Navy, NGA, GEBCO CNES / Airbus Maxar Technologies TerraMetrics; Foto e Gráficos: Rodrigo Castelan Carlson)

É uma área de escalada com bastante exposição. Não é recomendado que acompanhem crianças ou animais de estimação. A aproximação fica escorregadia e perigosa se estiver molhada. A parede é voltada para nordeste, então pega sol principalmente pela manhã. Não há fontes de água no local.


Como chegar

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A Igreja Santana e São Joaquim na Armação é ponto de partida para chegar ao Paraíso do Bito. A partir dali, segue-se o mesmo caminho e trilha que leva à praia da Lagoinha do Leste, até uma bifurcação que desce para o costão rochoso que forma esta área de escalada.

De carro

O trajeto por carro até a praia de armação é fácil e bem sinalizado. É possível estacionar nas proximidades da igreja, na rua Fernando Beck ou nas diversas propriedades ao longo desta última que oferecem estacionamento pago. Não é possível estacionar na rua Luís Gonzaga dos Santos.

Abaixo, por conveniência, é oferecido como destino no Google Maps a localização da rua Luís Gonzaga dos Santos obtido da busca por “R. Luís Gonzaga dos Santos, 74”. É possível definir uma rota diretamente no mapa clicando em “Rotas” e indicando o local de origem. A caminhada, detalhada mais abaixo, inicia ao final dessa rua com a travessia de uma ponte de concreto.

De ônibus

O sistema de transporte coletivo de Florianópolis atende essa região com um serviço de ônibus razoavelmente freqüente, principalmente no verão. Para informações de horários e itinerário de ônibus recomendamos o uso do aplicativo Moovit em seu smartphone ou pela web (ver abaixo). A busca pelo destino “R. Luís Gonzaga dos Santos, 74” leva o usuário até a igreja, de onde pode iniciar a caminhada. O link a seguir já exibe o destino no Moovit; basta acrescentar a origem para receber as instruções. O próprio Moovit permite inverter a origem e o destino para obter as informações do sentido contrário e editar o horário de partida ou chegada.

Trilha

O acesso até a área de escalada é fácil, exceto pelo trecho final de descida até o costão que nem sempre está bem marcado. O trajeto a partir da Igreja até o platô (ver abaixo) leva cerca de 50 minutos.

Imagem de satélite com marcações do acesso à área de escalada. (Imagem de Satélite: Google – CNES / Airbus Airbus Maxar Technologies Data SIO, NOAA, U.S. Navy, NGA, GEBCO Terra Metrics; Gráficos: Rodrigo Castelan Carlson)

Após chegar à igreja, vire à direita na rua Fernando Beck e a seguir à esquerda na rua Luís Gonzaga dos Santos (Foto 1). Ao final da rua Luís Gonzaga dos Santos há um ponte de concreto para atravessar o rio (Foto 2). O caminho segue à esquerda após a ponte (Foto 3) por um trecho pavimentado que leva até a prainha e a seguir à praia do matadeiro (Foto 4). Após atravessar toda a praia há sinalização indicando a trilha para a praia da Lagoinha do Leste (Fotos 5 e 6). Todas as bifurcações são sinalizadas. Continue pela trilha da Lagoinha do Leste até ter atravessado a Ponta do Quebra-Remo. É possível identificar que a ponta foi atravessada pois o costão fica visível ao se olhar para trás (Foto 7). Não há indicação do ponto onde descer em direção ao Paraíso do Bito e a vegetação no local varia muito conforme a época do ano e a frequência de pessoas. O ponto de descida ocorre em uma clareira na trilha (Foto 8) de onde é possível ver o costão da Ponta do Quebra-Remo (Foto 7). Essa parte da trilha leva a um trecho de pedra que parece uma grande escadaria (Foto 9). Não se recomenda descer caso esteja molhado. A trilha termina em uma laje de pedra que forma um platô onde podem ser facilmente avistados os primeiros grampos (Fotos 10 e 11). Neste local é possível se equipar (Foto 10) para armar o top-rope nas vias ou continuar descendo e se equipar na base (Foto 12) (ver instruções mais abaixo).

Detalhes do acesso à área de escalada Paraíso do Bito. (Fotos e Gráficos: Rodrigo Castelan Carlson)

Para facilitar o acesso ao local, oferecemos os seguintes arquivos para uso com GPS (compactados no formato zip pois o servidor não aceita os arquivos originais):

A partir do platô é possível montar a ancoragem para escalada com corda de cima na via 3 (ver croqui mais abaixo). De frente para o mar à esquerda dos grampos no platô, pode-se descer até a base das vias conforme indicado na imagem a seguir. A descida deve ser feita com cuidado pois é um trajeto exposto.

Indicação do acesso à base das vias em relação ao platô e chegada da trilha. (Foto e Gráficos: Rodrigo Castelan Carlson)

Quem quiser armar ancoragens para escalada com corda de cima nas vias 1 e 2 deve fazer uma escalada horizontal. A partir do platô e seguindo pelo costão à direita de quem está de frente para o mar (ver imagem a seguir) pode-se chegar às outras duas paradas. Há um ou dois grampos de aço carbono (não indicados nas imagens) no caminho, mas o ideal é proteger com peças móveis já a partir do platô. O trajeto apesar de fácil é bem exposto e deve ser feito com muito cuidado.

A imagem a seguir mostra o acesso ao topo das vias 1 e 2 a partir do platô onde está o topo da via 3. As marcações numeradas correspondem à posição dos escaladores em cada uma das fotos logo abaixo. As fotos 1 e 2 são praticamente iguais, mas mostram os escaladores em pontos diferentes. Os escaladores na foto 2 estão no topo da via 2. Os escaladores na foto 3 estão na via 1. Embora na foto de cima pareça que para acessar o topo das vias é necessário descer em relação ao platô, note pela foto 1 que é necessário subir um pouco, se deslocar horizontalmente, e então descer.

Indicação do acesso ao topo das vias 1 e 2 em relação ao platô. (Fotos: Adriano Pina e Rodrigo Castelan Carlson; Gráficos: Rodrigo Castelan Carlson)

Paraíso do Bito

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Croqui sobre foto. (Fotos: Adriano Pina e Rodrigo Castelan Carlson; Gráficos: Rodrigo Castelan Carlson)
  1. ☆ Sem nome – VIIa – ? m
    Conquistadores: ? (?)
    Proteções: 0 + 2
    Material: Corda de 60 m, camalots pequenos e médios e nuts variados, fitas e mosquetões.
    Observações: Escalada com corda de cima ou em móvel. Não é uma via adequada para iniciantes na escalada em móvel. As proteções no topo dessa via foram originalmente instaladas pelo Stanley Tristão da Costa.
  2. ☆ Sem nome – VIsup/VIIa – ? m
    Conquistadores: ? (?)
    Proteções: 0 + 2
    Material: Corda de 60 m, camalots pequenos e médios e nuts variados, fitas e mosquetões.
    Observações: Escalada com corda de cima ou em móvel. Não é uma via adequada para iniciantes na escalada em móvel. No meio da via tem um platô. Se usar o platô, a via é um VIsup. Se não usar o platô, a via é um VIIa.
  3. ☆ Sem nome – V – ? m
    Conquistadores: ? (?)
    Proteções: 0 + 2
    Material: Corda de 60 m, camalots pequenos e médios e nuts variados (Sugerido: Camalot #0.4; Nut #1; Nut #2; Nut #3; Camalot #0 .3), fitas e mosquetões.
    Observações: Escalada com corda de cima ou em móvel. Não é uma via adequada para iniciantes na escalada em móvel, mesmo com o grau baixo.